sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Mas quem cantava chorou ao ver seu amigo partir ...



Tributo a um cão

"... O mais altruísta dos amigos que um homem pode ter neste mundo egoísta, aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade, é o cão".
"Senhores Jurados, o cão permanece com o seu dono na prosperidade e na pobreza, na saúde e na doença. Ele dormirá no chão frio, onde os ventos invernais sopram e a neve se lança impetuosamente.
Quando só ele estiver ao lado de seu dono, ele beijará a mão que não tem alimento a oferecer, ele lamberá as feridas e as dores que aparecem nos encontros com a violência do mundo.
Ele guarda o sono de seu pobre dono como se fosse um príncipe.
Quando todos os amigos o abandonarem, o cão permanecerá.
Quando a riqueza desaparece e a reputação se despedaça, ele é constante em seu amor como o Sol na sua jornada através do firmamento.
Se a fortuna arrasta o dono para o exílio, o desamparo e o desabrigo, o cão fiel pede o privilégio maior de acompanhá-lo, para protegê-lo contra o perigo, para lutar contra seus inimigos.
E quando a última cena se apresenta, a morte o leva em seus braços e seu corpo é deixado na laje fria, não importa que todos os seus amigos sigam seu caminho: lá ao lado de sua sepultura se encontrará seu nobre cão, a cabeça entre as patas, os olhos tristes, mas em atenta observação, fé e confiança mesmo à morte ".

Este tributo foi apresentado ao júri pelo ex-senador George G. Vest ( então advogado), que representou o proprietário de um cão morto a tiros, propositalmente, pelo vizinho.
O fato ocorreu há um século na cidade de Warrensburg, Missouri, nos Estados Unidos da América. O senador ganhou o caso e hoje existe uma estátua do cão na cidade e seu discurso está inscrito na entrada do tribunal de justiça da cidade.



Meu irmão ...
Quero partilhar com você deste momento.
Imagino sua dor ... Tonhão chegou pela primeira vez na minha casa ... não convivi com ele pelo medo que tenho de cães.
Mas o medo não me impede de amá-los.
E daqui (a todo instante) estou imaginando como está seu coração.
O que pode existir de melhor sabemos que você fez por ele ... nunca o abandonou, nunca mostrou ingratidão ou deslealdade com o seu cão.
A recíproca entre vocês dois foi verdadeira.
A atitude de hoje, apesar de dificil, sabemos, foi a melhor "pra ele" ... vai doer no coração de quem ficou.
Já dizia o grande Milton Nascimento:

...Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou ..."

Prossiga sempre com as grandes e doces lembranças que Tonhão deixou.
Assim ele estará sempre vivo dentro do seu coração.



(Tonhão era o Pit Bull do meu irmão.
Fazia parte da família desde que nasceu (há 9 anos atrás).
Teve um câncer linfático e hoje precisou ser sacrificado ... tamanho era seu sofrimento.
Estou muito triste com tudo isso.)










Um comentário:

Obrigada pela sua visita!
Aqui é fácil e rápido comentar e seu recadinho é sempre muito importante para mim.